20/09/2022 Bocha

Jogo de bocha: tradição que é passada de geração para geração

“A energia do jogo de bochas e com o exemplo do meu avô, do meu tio e dos demais jogadores, também tenho o desejo de começar a jogar e participar dos campeonatos”, resume a futura atleta Daniela Schiavenin.

A tradição do jogo de bocha é passada de pais para filhos. Hoje, queremos recordar a conquista do título do Monte Bérico, que, no último dia 9 de setembro, comemorou o hexacampeonato do Municipal de Bochas de Flores da Cunha.

Valdemar Scopel, 73 anos, sempre jogou pela equipe do Monte Bérico e ajudou o time da comunidade a conquistar os seis títulos municipais. “O título mais importante foi o de 1994, quanto meu pai Aurélio Scopel foi o homenageado e nossa equipe foi a campeã daquele ano”, recorda o atleta.

Valdemar destaca que gosta muito de jogar bochas por ser um esporte entre famílias e amigos. “É muita satisfação jogar com o meu filho Rafael e ter meus netos assistindo. Gostaria que esse campeonato nunca parasse”, resumiu Scopel.

A dedicação e empenho de Valdemar fez com que o filho Rafael Scopel também tomasse gosto pelo esporte. O filho relata a satisfação de voltar a disputar a competição depois de dois anos de pandemia e a insegurança do poderia acontecer. “Nos reuníamos com amigos e questionávamos se os campeonatos voltariam ou se modalidade poderia até mesma acabar”, lembra Rafael.

De acordo com ele, quando o Departamento de Esportes de Flores da Cunha comunicou que teria reunião para elaborar o certame foi uma luz no fim do túnel. “Eu cresci acompanhando meu pai nas canchas de bochas e ficar tanto tempo sem rever os amigos foi bastante complicado. De todos os títulos, esse teve um sabor especial por causa dessa retomada. Outra satisfação foi ter o meu filho Rafael Scopel Junior, de três anos, me acompanhando em quase todos os jogos”, relatou Rafael que começou a jogar com 12 anos.

A família Scopel também conta com uma torcedora ilustre. Daniela Schiavenin afirma que, desde criança, sempre acompanhou a equipe da Sociedade de Bochas de Monte Bérico, que fica a sete km do centro de Flores da Cunha. “Nossa equipe sempre participou dos campeonatos com muita garra, dedicação e, hoje, posso afirmar que sou uma torcedora assídua”, frisa Daniela.

Para ela, a bocha é o melhor esporte. “A modalidade é a minha distração, o meu passatempo, é um esporte que me diverte muito. Além disso, os campeonatos nos permitem dialogar e conhecer pessoas diferentes. Durante os jogos nos divertimos muito, torcemos, gritamos e comemoramos bastante a cada ponto”, enumera a jovem de 22 anos.

Falando da decisão contra a equipe do São Peregrino, Daniela confessa que estava muito ansiosa, até mais do que os próprios atletas do Monte Bérico. “Na última partida fiquei tão nervosa que fechava até os olhos a cada jogada. No ponto final foi aquela comemoração. Fiquei tão feliz que até pulei na cancha”, relembra ela.

“A energia do jogo de bochas e com o exemplo do meu avô, do meu tio e dos demais jogadores, também tenho o desejo de começar a jogar e participar dos campeonatos”, resume a futura atleta. 

Trazida pelos imigrantes italianos, a modalidade se mantém presente no Rio Grande do Sul e, de modo especial, da região nordeste do Estado. A exemplo da família Scopel, o amor pelo jogo de bochas é passado de geração para geração.

Texto: Maicon Pan
Foto: Simone Scopel Schiavenin