23/07/2021 Diversos

Florense Altamir Molina Cezar Junior, o “Gu”, recebe a faixa preta de Jiu-jitsu

"Quero mostrar para o maior número de pessoas o valor que o Jiu-jitsu tem e o bem que ele pode fazer para a sociedade, seja na parte física, psicológica, emocional, mental e na personalidade de cada um”, encerrou Gu.

Prestes a completa 14 anos de trajetória no Jiu-jitsu, o florense Altamir Molina Cezar Junior ou “Gu”, como é mais conhecido, recebeu a faixa preta. Altamir conta que, no início, não tinha nenhuma perspectiva de seguir no esporte. Com a faixa Branca, iniciei apenas pela pratica do esporte e, aos poucos, comecei a competir por incentivo dos colegas.

“Quando estava completando dois anos de Jiu-jitsu, venci a seletiva e fui para Abu Dhabi. Quando voltei, em 2012, recebi a faixa azul. Nesse período treinava em Caxias do Sul e fazia o deslocamento sempre de ônibus”, lembra Gu.

Em média, Altamir ficou cerca de dois anos e meio em cada faixa. Na faixa azul não tinha muito tempo para competir por conta das atividades profissionais e dos estudos. Esse período foi bem cansativo até me formar. A paixão pelo Jiu-jitsu e a motivação pelo esporte foram mais fortes e não me deixaram desistir”, frisa ele.

Ao final da graduação, Gu pegou a faixa Roxa e participou de alguns campeonatos estaduais da modalidade. Depois, Altamir avançou para a faixa Marrom mais ainda faltava alguma coisa para a sua realização esportiva. “Foi então que decidi largar a empresa, a estabilidade financeira e focar no Jiu-jitsu e nas portas que o esporte poderia me abrir. Neste período venci o Grand Slam do Rio de Janeiro, organizado pelos Sheiks de Abu Dhabi e ganhei uma enorme visibilidade”, explica.

“Voltei do Rio decidido. Saí da empresa e comecei a dar aulas aqui em Flores da Cunha enquanto procurava oportunidades fora do Brasil. Fui para a Espanha e posteriormente para a Irlanda, onde comecei a dar aulas e Graças a Deus o esporte me oportunizou conhecer muitas pessoas. Comecei a viajar toda a Europa, conhecendo os ícones do Jiu-jitsu, que me proporcionaram experiências, ensinamentos, além da bagagem e conhecimento para que eu pudesse voltar com segurança e abrir minha própria academia em solo florense”, recorda.

“Fiquei quatro anos na faixa Marrom porque não quis participar de graduações e integrar outras equipes. Recebi todas as faixas do meu professor e eu admiro demais a metodologia de graduação, com exames teóricos e práticos e isso valoriza muito o atleta e o professor. Além do conhecimento da arte praticada é preciso mostrar o conhecimento da técnica para merecer a graduação. Sempre quis receber a faixa preta do meu Mestre”, argumenta o atleta.

No último sábado, 17 de julho, o atleta Altamir Molina Cezar Junior fez o exame teórico e prático e, posteriormente, recebeu a Faixa Preta das mãos do Mestre Mateus Bernardi. Foi a realização de um dos sonhos que tinha na minha vida”, salientou.

Mesmo com a faixa Preta, Gu ainda tem muitos sonhos. “O tatame é uma fábrica de sonhos e busco realiza-los a cada dia que passa. Espero devolver para a sociedade o bem que o Jiu-jitsu fez por mim e, por conta disso, logo estarei colocando em prática um projeto social. Quero formar novos atletas faixas Pretas e que meus alunos possam expressar o orgulho de terem aprendido o Jiu-jitsu comigo”, frisa.

Altamir afirma que a meta é em primeiro lugar formar pessoas de bem, de caráter, que representem a modalidade com eu tento representar. Quero mostrar para o maior número de pessoas o valor que o Jiu-jitsu tem e o bem que ele pode fazer para a sociedade, seja na parte física, psicológica, emocional, mental e na personalidade de cada um”, encerrou Gu.

O professor pretende formar uma equipe competitiva e ver os alunos conquistando títulos e vitórias, não somente no tatame, mas na vida. “Meu grande objetivo é ser campeão mundial. Sei que na categoria adulto profissional é um pouco difícil, mas quem sabe na categoria Master”, finaliza o apaixonado pelo Jiu-jitsu.

Texto: Maicon Pan
Fotos: Lucas Rodrigues